O governo Bolsonaro está apenas no meio, mas, parece já ter acabado… É claro que conduzir economicamente a maior pandemia em 100 anos não é tarefa fácil, mormente porque o mundo todo demonstrou severa retração (à exceção da China)[1]. Entretanto, a falta de um planejamento minimamente adequado para lidar com o avanço da doença vai implicar num 2021 muito ruim ao país, em termos de saúde e também de economia, de modo que enquanto outras nações se recuperarão com vigor, ficaremos na traseira global.
E isso se deve ao fato de que o negacionismo do Palácio do Planalto vem cobrando seu preço. Atingidos os quase 300 mil mortos por Covid-19 que o Brasil registra[2], estamos vivendo o ápice da tragédia nacional. Conforme divulgado pelo colunista Jamil Chade[3], com base em dados da OMS, o país somou 25% das mortes no mundo no período entre 15 e 21 de março de 2021. No total, 60,2 mil pessoas foram vítimas da Covid-19 no planeta nesse interregno, sendo 15,6 mil delas só no Brasil – país que representa apenas 2,7% da população mundial. O número de mortes por aqui foi o dobro daquelas registradas pelo segundo colocado, os EUA (na vanguarda da vacinação). Além disso, nossas mortes representam metade dentre todas do continente americano e se aproximam do total registrado na Europa, com 20 mil mortos em uma semana (porém, o continente europeu tem uma população de 764 milhões de pessoas, mais de três vezes a brasileira).
O observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz[4], ilustrado com diversos mapas nacionais, aponta o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil: das 27 unidades federativas, 24 estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) iguais ou superiores a 80%, sendo 15 com taxas iguais ou superiores a 90%. Em relação às capitais, 25 das 27 estão com essas taxas iguais ou superiores a 80%, sendo 19 delas superiores a 90%. O Brasil registra uma média móvel de 73,5 mil novos casos de Covid-19 por dia[5]!!
Apesar desses dados, o presidente Jair Bolsonaro disse em entrevista em Brasília/DF[6], no dia 22/03/2021, que o Brasil “vem dando exemplo” no combate à pandemia, e ainda que: “Estamos dando certo, apesar de um problema gravíssimo que enfrentamos desde o ano passado. Mas o Brasil vem dando exemplo. Somos um dos poucos países que está na vanguarda em busca de soluções”. Veja você, ilustre leitor, se isso tem cabimento?!
Bolsonaro parece que vive em outra dimensão, no que se refere à pandemia. A vontade que ele demonstra de seguir ocupando o cargo de presidente em 2022 suplanta qualquer sofrimento humano. O homem só pensa na ‘retomada da economia’, mas, se esquece que num quadro tão agudo de crise sanitária, como a que vivemos, primeiro é preciso se dedicar a salvar vidas. É verdade que quem mata é o vírus! Porém, isso não dá ao maior mandatário da nação o direito de debochar de 300 mil famílias. Não somos “maricas”, senhor presidente, nem estamos de “mimimi”. E quando Bolsonaro diz que “não é um coveiro” ele tem razão, afinal, os coveiros vêm trabalhando duro e lidado com a dor e a devastação alheias enquanto abre o solo dia e noite – seu ofício. Entretanto, Bolsonaro, que é presidente, não se porta como um. Ao invés de liderar, divide, insulta. Lamentável!
Mas, ele não está sozinho nessa patacoada… A pandemia trouxe clareza solar sobre a miríade de políticos que temos e que, mesmo falando manso e demonstrando empatia, ajudam a levar o país para o mesmíssimo buraco que cava hoje o Governo Federal. Basta dizer que em São Paulo, p.ex., João Dória tem feito “tudo diferente” de Bolsonaro, como ele se gaba diariamente, mas, vem colhendo os mesmos resultados – no último mês houve um aumento de internados da ordem de 113%[7]. Quer dizer, no dia 22/03/2021 havia 16.871 pessoas em enfermarias e 12.168 em UTI(s), sendo que a ocupação média chegou a 91,9% no Estado todo, contra 77,2% no momento mais grave da pandemia no ano passado, no final de maio. É evidente o colapso da saúde. O Estado tem três vezes mais pacientes internados em UTI do que toda a Argentina, que possuiu população semelhante.
É claro que estamos lidando com uma variante do vírus que é mais agressiva (P1[8]), além do que a distribuição territorial da população é diferente, pois há bem mais densidade demográfica em São Paulo do que no país vizinho. Porém, isso justifica tais números, três vezes maiores do que lá? Ora, são 295.425 mortos no país até o dia 22/03/2021, dos quais 67.602 apenas no Estado Paulista[9]. Isso dá quase 23% da mortandade nacional, sendo certo que São Paulo detém cerca de 22% da população brasileira[10]. Obviamente não se pode dizer que Dória conduz um ‘genocídio’ no Estado que governa. Porém seus números são quase idênticos aos da União. Então, a palavra vem sendo aplicada a Bolsonaro não no sentido técnico, mas, em razão da total insensibilidade demonstrada para com o povo.
Obviamente essa vileza do presidente é algo indefensável, além de inacreditável, claro… Quantas pessoas perderam seus entes queridos? E o homem só pensa no Poder que detém!
De toda sorte, ainda que com menos frequência, boas intenções também afundam barcos e enchem cemitérios, como já demonstrou a história. Basta lembrar que o vereador Alberi Dias (MDB), presidente da Câmara da cidade de Canela/RS, sugeriu pulverizar álcool em gel sobre o município como forma de diminuir a Covid-19 naquela localidade[11]. Ademais, quantos prefeitos não têm sugerido as coisas mais sem sentido para vencer o vírus? Tenho certeza que você, leitor, tem exemplos aos borbotões para compartilhar – Bruno Covas (PSDB) restringiu 50% da circulação de veículos[12] na cidade de São Paulo e cortou 60% da frota de ônibus e 35% da de metrôs e trens[13] no início de maio do ano passado, o que obviamente gerou filas, tumultos e aglomerações ao invés de reduzir o contágio… Agora, em 2021, decidiu ‘antecipar’ 5 feriados, de forma que no período de 26 de março a 4 de abril não haverá dias úteis na capital paulista[14]. E é óbvio que isso apenas implicará num maior número de viagens para o litoral e para outros Estados, sem as barreiras sanitárias.
Veja, ilustre leitor, mesmo quando querem acertar nossos políticos acabam errando, porque não se entendem sobre as medidas a serem adotadas contra a Covid-19. Fala mais alto o instinto político de cada um e, daí, surgem os desentendimentos, como ocorreu agora entre o governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PSC) e o prefeito Eduardo Paes (DEM), que vão à Justiça para defender estratégias divergentes no combate à pandemia[15].
Ademais, é preciso frisar que parte das próprias vítimas, o povo, está colaborando com a hecatombe, na medida em que todos os dias, de segunda a segunda, vemos festas clandestinas sendo encerradas pelos fiscais e pela polícia. Basta procurar no Google.
E foi assim que viemos dar com os burros n’água!! Basta dizer que médicos e entidades da saúde estão em alerta para uma potencial crise de desabastecimento de remédios cruciais usados no combate contra a Covid-19 em todas as regiões do Brasil – algo que, segundo parte dos especialistas, tem o potencial de ser tão grave e mortal quanto a escassez de oxigênio que afetou cidades como Manaus/AM, conforme matéria do G1[16]. Inclusive, esse tema foi objeto de audiência no Senado, ocasião em que diversos governadores garantiram que os sistemas público e privado rumam para o “colapso total”[17]. Quer dizer, devemos esperar um quadro inimaginável nas próximas semanas.
Não bastasse tudo isso, vimos que o Brasil caiu para a 12ª posição no ranking das maiores economias do mundo. E, conforme reportagem de Veja[18], parte importante desta queda tem relação direta com a perda de valor do real em relação ao dólar (os economistas lembram que um efeito da rápida e bem-vinda baixa dos juros básicos da economia entre 2015 e 2020, como forma de estimular a economia, pressiona para a desvalorização do real; com juros menores, os grandes investidores financeiros internacionais preferem apostar seus recursos em ativos de países desenvolvidos, mais sólidos e seguros). No entanto, esse fenômeno sozinho não explica tamanha volatilidade da moeda nacional. Em um ano, o real já se desvalorizou 28% diante do dólar. É o segundo pior desempenho entre as 24 moedas mais negociadas do mundo, atrás apenas do peso argentino.
Desde a eclosão da pandemia do coronavírus, em março do ano passado, as maiores quedas do real foram registradas nos dias seguintes aos anúncios das saídas ruidosas do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, uma clara demonstração de como a instabilidade política e as intervenções na economia causam danos às finanças do país. Quer dizer, há as digitais do atual governo nisso tudo.
Aos bolsonaristas, anoto que sei muito bem que os últimos dez anos foram um grande destaque negativo para a história econômica brasileira. Apesar de o país ter começado a década de 2010 sofrendo menos que os países desenvolvidos com a crise financeira internacional, o Brasil logo reviveu alguns de seus grandes erros históricos e inventou novos, em especial nas gestões de Dilma Rousseff. O resultado foi a mais longa recessão registrada, entre 2014 e 2016, causada pela explosiva piora das condições das contas públicas, seguida de uma recuperação tímida nos anos seguintes. E tudo isso culminando no portentoso desastre da Covid-19, no ano passado. Um drama que se estenderá por 2021 em razão do negacionismo do presidente Jair Bolsonaro quanto à crise sanitária. Isso também é algo inegável!! Então, é preciso ter em mente que a direita e a esquerda forjaram o problema atual, de certo modo em conjunto, ainda que uma tenha sucedido a outra.
Justamente em razão desse quadro aterrador, mais de 500 economistas, entre eles quatro ex-ministros da Fazenda, cinco ex-presidentes do Banco Central, ex-presidentes do BNDS, pessoas de renome do mercado financeiro e professores de universidades (de diversas gerações e matizes políticas) lançaram uma ‘carta’[19]–[20], no dia 20/03/2021, criticando Bolsonaro e pedindo medidas urgentes contra o descontrole da pandemia em território nacional. Além de pedirem um aumento na aplicação de vacinas, indicam que serão necessárias medidas duras de isolamento, como o lockdown – que deveria ser aliado a uma nova rodada de pagamentos de auxílio emergencial, dado que a situação de pobreza da população não permite a aplicação simplista do ‘fique em casa’ da Globo.
O Governo Federal até tem tentado amainar o problema, mas, sua atuação não tem sido coordenada e eficaz. Dos 210,2 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 anunciadas pelo Ministério da Saúde até junho deste ano, 17% podem enfrentar sérios entraves regulatórios ou de importação até chegar aos braços dos brasileiros, como explica reportagem da Revista Veja[21]. Ademais, o auxílio emergencial aprovado[22] vai chegar mais tarde que o necessário em 2021 (está previsto para abril), atenderá menos gente (45 milhões de pessoas, ante 65 milhões em 2020) e terá valores menores (R$150,00, R$250,00 ou R$375,00, conforme as novas regras; em 2020 foram R$600,00). Quer dizer, corre-se o risco de não salvarmos vidas e de não mantermos a economia funcionando.
Ademais, como o mundo não é para amadores, vemos que os países ricos (hemisfério norte) compraram doses para vacinar 3 vezes a sua população, enquanto nove em cada dez pessoas em 67 países pobres não receberão vacina em 2021, conforme reportagem da Exame[23], publicada no início da vacinação global. Nesse cenário, China, Índia e Rússia expandem suas áreas de influência em meio à pandemia, mediante venda das vacinas que produzem ao hemisfério sul, conforme interessante mapa trazido pela Revista Veja[24].
Mas, voltando aos problemas tupiniquins, o fato é que nosso Poder Executivo é muito ruim, especialmente o Governo Federal – desqualidade que se acentuou e/ou se desnudou na pandemia. O mesmo se diga quanto ao Legislativo, que segue sendo cativo do famoso ‘Centrão’. Enquanto isso, nosso Judiciário cuida de atravancar o restante, numa chuva de liminares desencontradas. Basta dizer que “o STF é hoje a principal fonte de insegurança jurídica no país”, como bem apontou Carlos Alberto Di Franco em sua última coluna[25].
Enfim, depois da histórica recessão deixada pelo PT, da maior recessão já registrada em um só ano, ocasionada pela pandemia e pela inépcia do atual governo, teremos um 2021 com números alarmantes, na saúde e na economia. E o pior é que pesquisas apontam um 2º turno entre Bolsonaro e Lula em 2022[26]. Assim, me indago se chegamos mesmo ao fundo do poço e/ou se seguiremos andando pra trás após o pleito de 2022? Paremos de cavar!!
Referências:
[1] https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/03/03/desempenho-do-pib-do-brasil-em-2020-supera-o-de-latinos-e-europeus-mas-pais-deve-ficar-para-tras-este-ano.ghtml
[2] https://www.google.com/search?q=mortes+covid+brasil&rlz=1C1GCEA_enBR918BR918&oq=mortes+&aqs=chrome.0.0i131i433l2j69i57j0i131i433l4j0j0i131i433j0.3599j0j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8
[3] https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2021/03/22/brasil-soma-duas-vezes-mais-mortos-que-eua-e-e-alvo-de-exame-internacional.htm
[4] https://portal.fiocruz.br/noticia/observatorio-covid-19-aponta-maior-colapso-sanitario-e-hospitalar-da-historia-do-brasil
[5] https://www.google.com/search?q=mortes+covid+brasil&rlz=1C1GCEA_enBR918BR918&oq=mortes+&aqs=chrome.0.0i131i433l2j69i57j0i131i433l4j0j0i131i433j0.3599j0j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8
[6] https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2021/03/22/brasil-vem-dando-exemplo-diz-bolsonaro-pais-lidera-mortes-no-mundo.htm
[7] https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/03/22/numero-de-pacientes-internados-com-covid-19-mais-do-que-dobra-em-um-mes-e-chega-a-29-mil-no-estado-de-sp.ghtml
[8] https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2021/03/04/pesquisador-da-fiocruz-diz-que-poucas-variantes-sao-tao-perigosas-como-a-descoberta-no-am.ghtml
[9] https://www.google.com/search?q=mortes+covid+brasil&rlz=1C1GCEA_enBR918BR918&oq=mortes+&aqs=chrome.0.0i131i433l2j69i57j0i131i433l4j0j0i131i433j0.3599j0j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8
[10] https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_unidades_federativas_do_Brasil_por_popula%C3%A7%C3%A3o
[11] https://www.youtube.com/watch?v=KIFFRjgY4Zs
[12] https://oglobo.globo.com/sociedade/coronavirus/prefeito-de-sao-paulo-restringe-em-50-circulacao-de-carros-partir-de-segunda-feira-1-24414688
[13] https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/03/reducao-de-transporte-publico-em-sp-por-causa-de-coronavirus-gera-aglomeracao-e-assusta-passageiros.shtml
[14] https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/03/20/feriado-antecipado-na-cidade-de-sao-paulo-veja-perguntas-e-respostas.ghtml
[15] https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/03/22/castro-e-paes-nao-se-entendem-sobre-medidas-restritivas-no-rio
[16] https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/03/19/kit-intubacao-medicos-alertam-que-escassez-de-remedios-essenciais-contra-covid-19-pode-gerar-numero-assustador-de-obitos.ghtml
[17] https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2021/03/4912087-falta-de-material-e-de-kits-intubacao-assusta-governadores-que-temem-colapso-total.html
[18] https://veja.abril.com.br/economia/economia-do-brasil-sofre-com-gestao-da-pandemia-e-encolhe-diante-do-mundo/
[19] https://www.cartacapital.com.br/politica/integrantes-do-mercado-financeiro-ex-ministros-e-economistas-divulgam-carta-criticando-bolsonaro-e-pedindo-lockdown/
[20] https://br.noticias.yahoo.com/centenas-de-banqueiros-e-economistas-enviam-carta-ao-governo-cobrando-medidas-de-combate-a-pandemia-124142781.html
[21] https://veja.abril.com.br/saude/covid-tres-em-cada-20-vacinas-prometidas-para-o-semestre-nao-estao-confirmadas/
[22] https://valorinveste.globo.com/mercados/brasil-e-politica/noticia/2021/03/20/auxilio-emergencial-2021-como-consultar-se-vai-receber.ghtml
[23] https://exame.com/mundo/paises-ricos-compraram-doses-para-vacinar-3-vezes-a-populacao/
[24] https://veja.abril.com.br/mundo/china-india-e-russia-expandem-areas-de-influencia-em-meio-a-pandemia/
[25] https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-aberto,stf-na-contramao-do-direito-da-etica-e-do-pais,70003655562
[26] https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/03/07/interna_politica,1244154/eleicoes-2022-so-lula-poderia-superar-bolsonaro-diz-pesquisa.shtml
FOTO: https://www.google.com/search?q=brasil+no+fundo+do+po%C3%A7o&rlz=1C1GCEA_enBR918BR918&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjOobvktcbvAhU5RjABHTAGCfYQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=657#imgrc=0s_48gkd87rRmM
Ricardo Dantas
Advogado
Saudações! Falo daqui de onde a terra é redonda e de onde a vacina imuniza e não transforma em jacaré.
Realmente, o executivo dirige o país como aquela pessoa que, dirigindo um carro, vê que vai bater, cobre os olhos com as duas mãos.
Você falou tudo “o negacionismo do Palácio do Planalto vem cobrando seu preço”. E esse preço é com os juros “brasileiros”, imunes à lei da usura e com capitalização mensal.
É ditado antigo e popular que “não se deve bater tambor para louco dançar”, mas o Bolzonero dispara: “o Brasil vem dando exemplo. Somos um dos poucos países que está na vanguarda” e, ainda, tem quem bate palma.
Sobre o fundo do poço? Ainda existem mais recordes pertos de serem batidos, pena que são aqueles que ninguém quer bater.
Pois é, amigo. Infelizmente só estamos batendo recordes que ninguém quer bater… Oremos!